Habilidades Comunicativas

 

Nós já falamos sobre a autocomposição. Naquela conversa, mencionamos que em algum momento da relação, quando as pessoas não conseguem mais compor seus conflitos, precisaram de ajuda de um profissional.

 

Esse advogado que atuará em situacoes que envolvam conflitos no qual temos vínculos de longo prazo precisa ter um olhar particular para a relação dessas pessoas, saiba agir de tal forma que preserve esse vínculo existe.

 

Isso vale para ações de família, por exemplo, principalmente que tenham crianças envolvidas.

 

Aliás, essse cuidado foi tomado pelo legislador brasileiro para os processos que tramitam no judiciário. O Código de Processo Civil vigente estimula a solução consensual do conflito, ou seja, cabe ao Estado (na figura do juiz), cabe aos advogados e a todos os envolvidos a busca de alternativas para que essa disputa seja resolvida de forma conciliatória. Segundo o Código de Processo Civil vigente:

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Isso não é tão fácil quanto parece. Para conciliar, para agir de forma consensual é muito importante que cuidemos da comunicação, da forma como interagimos socialmente.

Isto porquê a forma como falamos pode ser um grande instrumento de estabelecer uma crise ou, então, de provocar uma mudança positiva.

 

Assim, aprender, desenvolver e aprimorar as habilidades comunicativas pode ser de grande valia. A comunicação construtiva é uma habilidade interpessoal que merece nossa atenção.

A comunicação é um comportamento. Lembre-se que um dia nós aprendemos a nos comunicar, mas podemos exercitar, aprimorar e nos comportarmos de maneira mais adequada em situações que é necessária a solução consesual de um conflito.

 

Comportamentos como escuta ativa e perguntas sem julgamento podem ser produtivos para situações que temos relações de longo prazo fragilizadas por um conflito. E o profissional envolvido em casos como este precisa saber exercer esses comportamentos.

 

O primeiro passo talvez seja prestar atenção em como nos comunicamos, ler nossas próprias mensagens pode ser um grande recurso.

 

Um segundo exercício é deixar de lado a conotação negativa, os julgamentos e as expressões ofensivas. Isso pode funcionar muito, em um ringue, em um bate boca, mas não em processos que envolvem pessoas que estão ligadas por uma relação de longo prazo.

Um comportamento que vale a pena ser adotado é a reciprocidade entre escuta e fala. Não podemos esquecer que comunicação é uma via de mão dupla. A comunicação construtiva é circular e é construída de forma colaborativa, porque inclui o interlocutor.

Por fim, vale a pena desenvolvermos habilidades para negociação, e é claro que eu estou falando aqui de negociar e não persuadir ou convencer.

 

Elisangela Peña Munhoz

/@elismunhoz

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