Teoria dos Jogos

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Onde duas pessoas convivem haverá algum desencontro, então, o problema será quando estas pessoas se colocam em posições excludentes, polarizadas ou incompatíveis em determinada situação. Para falar sobre isso, vamos usar a matemática, a conhecida Teoria dos Jogos.

 

Pois é, algumas pessoas se colocam em posição de disputa quando alguma coisa não sai como esperada e o outro não concorda com ela. Entretanto, é possível enfrentar esse desafio de uma outra forma, sem entrarmos em uma batalha. 

 

Imaginar os jogos que um dia nós experimentamos ou vimos outra pessoa participar.

 

O primeiro deles pode ser um jogo de tênis e nessa partida cada jogador se esforça para tornar a bola indefensável para o seu adversário. Nesse caso, o que cada um dos jogadores quer é ganhar e, por consequência, ver o outro perder. É o conhecido ganha-perde.

 

O segundo tipo de jogo se tornou famoso nos últimos anos, o escape. Para quem nunca jogou, eu vou tentar explicar de maneira simples: um grupo de pessoas entra em uma sala fechada para cumprir um desafio coletivo e temático. Com um tempo certo para atingir as etapas do jogo, a equipe tem que decifrar os enigmas da sala para sair daquele ambiente. A equipe só ganha se conseguir encontrar a saída da sala no tempo determinado previamente no regulamento. Esse tipo de jogo é baseado em uma outra lógica, a conhecida como ganha-ganha.

 

Para explicar melhor esse assunto, a Teoria do Jogos é providencial.

 

Eu estou me referindo aos estudos matemáticos sobre uma decisão racional, baseados em expectativas de jogadas dos participantes. A teoria dos jogos nos explica quais são as estratégias que duas pessoas que interagem podem usar para maximizar os resultados individuais ou do grupo.

 

O ponto  de partida é sabermos que uma decisão tende a ser sempre complexa, isto porque o resultado da sua escolha, necessariamente, vai depender da ação do outro sujeito que está interagindo ou concorrendo com você. Portanto, se vocês dois conseguem coordenar as ações, poderão otimizar o resultado.

É daqui que vem aquela máxima, você já ouviu dizer que só existem desvantagens quando cada um quer levar vantagem em tudo?

 

Pois é, no caso da competição cada jogador cria estratégias para otimizar o seu resultado individual. A regra que vale é ganha-perde, alicerçada no antagonismo e na soma igual a zero, porque quando um ganha o outro, efetivamente, o outro perde.

São jogos competitivos, por excelência, em que as partes opõem seus interesses, criando uma disputa.

 

Mas como já mencionamos temos jogos de soma não zero, são os jogos cooperativos, nos quais os jogadores podem agir colaborativamente. As partes conseguem atingir uma sinergia, e isso favorece o resultado final para ambas.

 

Bem, importando essa ideia matemática para as relações humanas, realmente, o absolutismo de posições antagônicas e excludentes é muito difícil, inclusive em relacionamentos em que existe algum vínculo de convivência, de interdependência. Sem dúvida alguma, a colaboração acabam sendo mais produtiva para preservar o relacionamento.

 

Para finalizar, vamos imaginar o seguinte exemplo: um litígio que envolva uma criança e que pai e mãe disputam. Nessa situação, não podemos aplicar esse antagonismo, até mesmo porquê ambos tem o mesmo interesse: o bem estar do filho. E se eles percebem que estão juntos no mesmo desafio – proporcionar o melhor para a criança – com certeza, sairão todos vitoriosos.

Elisangela Peña Munhoz

@elismunhoz

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